De acordo com o dicionário da língua portuguesa podemos definir cultivar como: ¹. Criar algo artificialmente com o emprego de técnicas especiais; ². Desenvolver a agricultura; ³. Fazer o cultivo de determinadas plantas ou espécies vegetais, ou ainda, 4. Preparar a terra, removendo-a, fertilizando-a e regando-a; amanhar, lavrar." Em contexto da disciplina de melhoramento de plantas, podemos dizer que a cultivar se trata de um grupo de plantas de qualquer gênero ou espécie de características homogêneas, estável e distintas, em que tem influência humana a partir de pesquisas.
A discriminação delas é realizada por meio de descritores e características agronômicas que concede a identidade de cada uma delas, esses descritores podem ser: morfológicos, fisiológicos, bioquímico ou moleculares deis de que sejam herdadas geneticamente, passando de geração para geração e ainda, as reações a doenças, produção de grãos e padrões isoenzimáticos ou ácidos nucleicos, aspectos importantes commodities do agronegócio, por impactarem diretamente a produtividade, sendo um dos motivos no qual o melhorista toma a decisão de, qual cultivar era utilizar quando decide começar um programa de melhoramento.
Ademais, além do tópico mencionado anteriormente, é importante ressaltar os tipos de cultivares que existem e suas particularidades que influenciam no resultado final e desejado. Os tipos são: Linhas Puras, Multilinhas, Híbridos, Sintéticos, Clone, Cultivares de Polinização aberta, Composto e Cultivar Transgênico.
· Linhas Puras: corresponde ao grupo de indivíduos que são originados a partir de uma única planta em homozigose, que multiplicados por autofecundação dará origem a descentes com o mesmo genótipo. São importantes para situações em que a uniformidade do cultivar é fundamental, por exemplo, a Soja e o Trigo;
· Multilinhas: Agronomicamente representa a diferentes reações de resistências determinado de patógeno, que a partir da mistura de linhas isogênicas ou quase, diferentes entre si. São homozigotas, mas também, heterogêneas. Muito usada em espécies autógamas (soja) visando a resistência a doenças;
· Híbridos: Decorrente do cruzamento imposto entre dois indivíduos geneticamente distintos, utilizando a prática de heterose. São indivíduos heterozigotos e homogêneos, também é muito usado em espécies alógamas como o milho. Existe três tipos de híbridos: simples, duplo e triplo, obtidos a partir da linhagem de endôgamicas que pode ser de polinização aberta ou clones. De um modo geral, os híbridos simples são mais produtivos que os Hibrido duplo e triplo.
· Sintético: híbridos sintéticos, são resultados do intercruzamento de linhagens ou clones selecionados com base na capacidade de combinação. São indivíduos heterozigotos e heterogêneos. Podem ser usadas quanto nas espécies alógamas ou de reprodução assexuada. Um exemplo são as forrageiras (gramados) que tem uma série de vantagens;
· Clone: Grupo de indivíduos que são descendentes, por meio de propagação assexuada, de um único genitor, eles são heterozigóticos e homogêneos. Todos os indivíduos de um mesmo clone são geneticamente todos iguais, um exemplo é a cana-de-açúcar.
· Composto: Obtida a partir do cruzamento de vários genitores, são heterogêneos, mas caso a macho-esterilidade for introduzida na população essas cultivares são mantidos em heterozigose, em teoria essas cultivares teriam que apresentar o máximo de resistência a região na qual estaria sendo adaptada.
· Cultivar transgênico: ou cultivar geneticamente modificado, possuem gene de outro individuo, ou seja, tiveram o seu DNA modificado, recebeu gene exógeno via transformação gênica. As cultivares transgênicos estaqueados são aqueles que possuem pelo menos dois eventos transgênicos.
Aline Ferreira Santos
Bibliografia
BORÉM, Aluízo. et al. Livro de Melhoramento de plantas Edição 8. Disponivel em: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/202124> Acesso em: 29 set 2022.
SILVA, Flavia; ROSA, Hugo. et al. MULTILINHAS COMO ESTRATÉGIA PARA REDUZIR OS DANOS DEVIDO AO Colletotrichum lindemuthianum NO FEIJOEIRO. Disponivel em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/74732/1/211.pdf> Aceso em:29 set/2022
